A METÁFORA DO IOIÔ
Sempre que escrevo um editorial, gosto de buscar conteúdos que agreguem à linha editorial da revista, que é qualidade de vida. Ou seja, levar para você, amigo leitor, informações sempre do lado bom da vida e, às vezes, como enfrentar o lado ruim. Contudo, este editorial quero direcioná-lo a vocês, empresários, comerciantes, assessores de imprensa, agências de publicidade e meus colegas jornalistas e suas respectivas mídias.
-Poxa, Claudinei, pelo jeito já vem bronca! Não, querido amigo, apenas algumas considerações que eu chamo da “Metáfora do IoIô”. Já sei que ficou curioso; então, deixe-me explicar.
Há alguns anos dei aula de marketing na Strong/FGV e uma aula, já no final do curso, coincidiu com a abertura de uma loja ZAPT, um novo conceito tipo express, de uma loja – parte de uma rede de supermercados – e cujo símbolo da campanha era um ioiô. Para exemplificar, os novos canais de distribuição de produtos que, para facilitar as nossas vidas são iguais a ioiô, vão e voltam rapidamente. Gentilmente, o supermercado em questão me ofertou uma caixa de ioiôs, os quais distribuí aos meus alunos na aula daquela noite.
Filosofando um pouco mais, terminei a aula falando sobre ética e explicando que tudo na vida tem duas mãos de direção e, principalmente, a exemplo do ioiô, tudo que vai deve voltar, especificamente os valores morais que, quando não bem utilizados, podem colocar você no jogo do Perde-Ganha.
Às vezes reclamamos que nossa vida é cheia de percalços e de vai e vem, e que quase nunca nos leva a nada. Neste momento pare um pouco e pense sobre o ioiô. Espero que você já tenha concluído que o ioiô é um ioiô enquanto ele vai e volta, porque, no momento que parar, ele será apenas uma coisa qualquer.
Terminei a aula citando como exemplo: empresas que contratam assessoria de imprensa para a divulgação de uma determinada empresa ou produto e com isto ganham mídia espontânea, com custo zero, a qual acho uma estratégia muito válida. Contudo, alguns costumam tirar proveito desta situação e passam a usar a assessoria como um canal de divulgação de sua empresa, esquecendo que quem divulga na realidade é a mídia e que esta, no mais das vezes, não recebe nada para isto.
A mensagem final foi: sim, use a assessoria, mas, lembre-se do ioiô. Tudo tem duas mãos de direção e nada mais ético e elegante do que também estabelecer uma parceria com as mídias. Aliás, a neurociência já comprova que gratidão e perdão são duas ferramentas agregadas à prosperidade, ou seja, perdoar e agradecer não é ser bonzinho, mas, sim, inteligente. Então, que tal usarmos o nosso ioiô – na ida, perdão, e na volta, gratidão? Pense nisso.
Boa leitura e forte abraço.
Claudinei Luiz
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