Ser ou não ser candidato?

Este artigo é direcionado a você, pré-candidato e que disputa uma eleição pela primeira vez. Em minhas andanças ao longo de todos estes anos da existência da revista e que já vive os seus anos 30, sempre fui questionado o porquê de nunca ter sido candidato a algum cargo político, e olhe que não faltou convite.

Certa vez, participando da gravação de um programa de televisão, fui questionado pelo apresentador face às presentes circunstâncias de nosso cenário político, se ainda existiria pessoas querendo entrar nesta profissão e qual seria o nosso futuro político. Questionou, ainda, se o inconsciente coletivo teria participação efetiva no processo que estamos vivenciando. Todos que me conhecem sabem que procuro não falar de política e principalmente escrever sobre ela em meus editoriais; contudo, existem certas situações em que acho importante tecer algumas considerações, principalmente devido ao elevado número de pré-candidatos para a eleição que se aproxima. Em minha opinião, o nosso País nunca teve problemas econômicos, na verdade somos um país rico e abençoado por Deus – apenas quem conhece o exterior pode avaliar o que quero dizer. Somos um povo cordato e com um poder de adaptação fantástico, a ponto de aguentar e sobreviver a todas as intempéries causadas pelos nossos governantes. Não temos terremotos nem tufões, mas, em contrapartida, fomos agraciados com “eles”.

Realmente não temos problemas econômicos, pois mesmo pagando uma das maiores taxas de juros do mundo e recolhendo os maiores impostos, graças ao brio e bravura de nosso povo ainda conseguimos sobreviver e sermos competitivos. Nossos problemas são apenas de ordem política, talvez face à ganância de quem assume um poder. Será que podemos generalizar que todo o político é corrupto e não presta, a exemplo de que todo o menino de rua é ladrão? É claro que não, mas, aí, o inconsciente coletivo de Carl Jung entra em campo e faz uma goleada, e é quando os bons – poucos diga-se de passagem – acabam pagando pelos maus – hoje lamentavelmente em sua grande maioria.

A pergunta é: será que são realmente mal intencionados? Acredito que não, pois a maioria teve boa formação e é oriunda de lares bem formados. Minha resposta é que eles não são, mas podem ficar. Obviamente atraídos pelo mais básico dos instintos, segundo Freud, que é o Instinto do Prazer.

Quanto ao nosso futuro político, está nas mãos dos jovens que irão enfrentar o desafio de resistir às tentações pessoais em prol da conscientização de uma sociedade melhor e mais abastarda; contudo, por mais otimismo que nossa Revista procura levar para os seus leitores, sou temeroso em arriscar, a médio prazo, qualquer prognóstico, enquanto princípios de ética e moral não forem revistos.

Enquanto isto, o que fazer? Conheça os seus candidatos, estude a sua vida pregressa e, principalmente o seu papel ideológico, independente do partido e, muito importante, observe se ele busca trabalho ou emprego. Enquanto isto, centralize a sua energia no seu trabalho e acredite em nossos empresários; a história mostra que já passamos por muitas intempéries e continuamos vivos e crescendo. Não acredite que os políticos um dia mudarão o Brasil; se alguém irá fazê-lo seremos nós, e nos meus 25 anos de andanças internacionais, posso dizer de cátedra que não existe, no mundo, um povo a exemplo do brasileiro, mas não custa ajudá-los.

Para encerrar, reforço que a minha proposta e da linha editorial da nossa revista é mostrar sempre o lado bom da vida e assim fazemos política, mas não somos políticos partidários e sempre procuramos ajudar e apoiar os políticos eleitos, independentes de seus partidos. Ah! E quanto a ser candidato. Estou fora!

Boa leitura e forte abraço.
Claudinei Luiz

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